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#2 Caribe &

Mergulho e Kite

  Meu segundo grande projeto foi o período em que eu passei no Caribe. Ao todo foram três anos e meio, onde foi o começo da minha carreira profissional com mergulho, meu trabalho voluntário com as tartarugas marinhas e também o começo da carreira profissional no Kitesurf.

 

  Nesse momento, depois de chegar da viagem para a Polinésia, eu tomei a decisão de realmente largar tudo. Me desfiz da sociedade na agência de publicidade e liquidei os bens materiais que eu havia acumulado no Brasil: carro, casa e vendi tudo. A primeira dificuldade que eu encontrei foi a de buscar uma nova profissão que precisava ter a flexibilidade para viajar, qualidade de vida como uma prioridade e uma possibilidade grande de conhecer novas culturas: decidi me tornar instrutor de mergulho. Para essa nova profissão eu busquei a agência mais bem-conceituada do mundo, a PADI, para que a minha certificação tivesse um valor e que eu pudesse ter uma carreira profissional sólida. Acabei descobrindo a ilha de Bonaire, uma ilha que fazia parte das antigas Antilhas Holandesas, que seria minha nova casa por três anos.

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  Durante o período em que estive em Bonaire também me envolvi com uma ONG parecida com o nosso famoso projeto TAMAR.

 

  Trabalhávamos na preservação de tartarugas marinhas: o Sea Turtle Conservation.

 

  A minha função como voluntário da ONG era mergulhar, pegar as tartarugas e trazê-las para o barco de pesquisa. Foi lá também onde pude desenvolver uma nova habilidade que foi o mergulho de apneia (mergulho livre sem tanque, oxigênio ou equipamento).

  Após quase dois anos, infelizmente sofri um acidente mergulhando em um naufrágio na ilha de Bonaire. Tive o que chamamos de bloqueio reverso, que é quando você desce demais e o seu ouvido não consegue mais fazer a equalização. Infelizmente tive a perda de 15% de audição do meu ouvido esquerdo.

 

  Essa não foi a pior parte, na verdade quando cheguei ao médico recebi a informação de que não poderia mais mergulhar. Nem como profissional e nem como amador. A qualquer momento, a qualquer mergulho que eu realizasse poderia perder completamente a audição desse ouvido.

   Estava decidido de que não iria abrir mão daquela qualidade de vida pela qual tanto lutei.

 

  Depois de pesquisar por um tempo decidi que iria me tornar instrutor de kitesurf, já que a ilha era também um paraíso de ventos e belezas naturais para a prática do esporte. Senti uma realização pessoal muito grande ao começar do zero mais uma vez e novamente me reinventar. Mas chegou a um ponto em que eu vi uma necessidade de novos desafios após três anos naquela mágica ilha.

  O sonho agora era outro. Tive como meta principal um desejo de morar em um veleiro e poder levar essa casa comigo por onde eu fosse. Disso veio a decisão de me mudar para a Ásia e a partir daí surgiu mais um capítulo nos grandes projetos da minha vida.

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